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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Como posso, sem armas, revoltar-me?

                        "Como posso, sem armas, revoltar-me?" Esse verso de Drummond virou uma espécie de mantra para mim. Depois de assistir ao jogo do Brasil contra o Chile, o verso do poeta mineiro passou a ter vida própria  e ele acabou me servindo para  ilustrar bem o fatídico e previsível futebol brasileiro. 
                      Repetimos os mesmos erros. Não marcamos o inimigo no campo adversário, pouco ensaiamos o gol, ignoramos o meio-campo e quase fomos vítima da nossa teimosia. Não temos armas, leitores.
                                Felipão é um homem de fé. Ele acredita piamente que desarmados podemos vencer qualquer adversário. Já corremos riscos demais. O time do Chile colocou suas armas em campo e quase anestesiou o Brasil. Neymar pouco criou, logo o Brasil, tão dependente dele, fez o mesmo. Nosso futebol parece cansado. Este time carece de criação, de arte nos pés. De quando em quando, só Neymar assume esse papel. 
                            Nós temos armas. A Inglaterra criou o futebol, mas nós o evoluímos.  Nós fizemos o futebol ter mais encanto e sentido. Precisamos desafiar o medo. O medo existe para ser vencido. E essa vitória passa por reconhecer as nossas limitações que não são poucas. Reconhecer o erro é humano, Felipão. Que o nosso técnico escute esse mantra!

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