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A SEGUNDA VIDA DO POVO BRASILEIRO

                Perdoe-me a generalização, mas a copa de futebol é a segunda vida do povo brasileiro. As ruas se vestem das cores da nossa ...

sexta-feira, 4 de julho de 2014

A glória!

              Como é indescritível a alegria do nosso povo diante do futebol! Mais uma vez fomos mais felizes do que de costume. Percebo, durante as copas, que há algo de muito catártico nessa nossa apaixonante relação com o futebol. Purgamos nossos males assistindo ao jogo do nosso escrete. Nós nos sentimos tão heróis quanto os jogadores. São noventa minutos de uma espécie de hipinose e, quando vem a vitória, ficamos de alma lavada.  
             Hoje fomos combativos e Felipão parece ter despertado de um sono profundo que só convém mesmo a uma bela adormecida. O nosso ataque foi brilhante sem brilho. O brilho ficou por parte da nossa zaga. Sun Tzu diria que a invencibilidade reside na defesa; a possibilidade de vitória no ataque.  Então, hoje, os nossos leões indomáveis foram invencíveis e vitoriosos. "Defendemo-nos quando  nossa força é insuficiente", recorro a Tzu mais uma vez. Fomos insuficientes na frente.  Um ataque que fez do campo seu berço da esterilidade. O ataque do Brasil nos oprime. O ataque brasileiro não perdoa coronárias. Quando o moleque escorregadio não joga bem, o nosso ataque se cala. Trata-se de um silêncio esmagador que embarga a voz dos hipnotizados. Se o ataque não funciona, tornamo-nos silêncio apenas. 
                Mas a nossa tragédia é localizada. E a nossa zaga nos tem restituído a glória. 

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