Depois do dissonante apito final, os azuis desbotados, assistiram à euforia contagiante das cores africanas. O tremular de um outro "pendão da esperança", mais digno e nada vergonhoso, ajuda-nos a entender a história de um povo sedento por igualdade cuja a bandeira também é colorida. A seleção da África do Sul, está fora da copa assim como a seleção francesa. Talvez a vitória dos africanos sobre os azuis seja o motivo dessa festa que continuou após o jogo. Talvez seja mais um motivo para os sul-africanos dizerem ao mundo quem eles são. Talvez por que esse povo ainda tenha muito a nos ensinar sobre resistência, luta e conquista.
A vergonhosa campanha da França, na copa de 2010, não é diferente de sua injusta classificação para o mundial. A mão de Thierry Henry, que classificou os azuis, é o símbolo histórico de um futebol que beira a repugnância. E como isso se difere do futebol bem jogado pelos sul-africanos! Não falo do futebol arte, ou do futebol de resultados, mas falo do desejo contagiante de jogar. E quando os sul-fricanos não demonstraram alegria ao jogar, eles perderam a partida por 3 a 0 contra o Uruguai.
A frança, à deriva, sem comando, naufragou em mar africano e parece não haver baú de tesouro que se salve desse navio.Nem mesmo o técnico, que rejeitou o cumprimento do também técnico Parreira,"professor" da África do Sul, é merecedor de aplausos. Ficará, no meu baú de lembranças, a alegria de ver uma fotografia colororida e bem viva de um povo que eterniza a felicidade fazendo revolução na ponta do pé e na palma da mão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário