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A SEGUNDA VIDA DO POVO BRASILEIRO

                Perdoe-me a generalização, mas a copa de futebol é a segunda vida do povo brasileiro. As ruas se vestem das cores da nossa ...

quinta-feira, 12 de junho de 2014

DAI A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR!

             Está no meu D.N.A. o espírito guerreiro e festivo. Isso data da época de Pindorama. Apesar de um tempo tão remoto, são essas identidades do povo tupinambá que ainda ressoam nos nossos dias. Os tupinambás eram por natureza ritualísticos. Essa nação indígena era antropofágica. A nação acreditava que ao comer o inimigo poderia ter a força do guerreiro dentro de cada tupinambá. Mas antes de ir para o fogo, o inimigo capturado ainda sentiria prazer em vários ritos que iam do sexo ao consumo do cauim, bebida alucinógena. Claro que a pureza dessa raça sofreu um fusionismo com outras raças. Os negros também reinventaram o Brasil. Trouxeram das senzalas o grito de liberdade. Lutaram pela vida, celebraram a vida  nos tambores que desafiavam a dor e a opressão de cada César. 
               Hoje, junto-me às raças, que geraram o nosso Brasil, para celebrar a vida. A alegria do nosso povo tem origem e que nunca tenha prazo de validade. É verdade que ainda há César sugando o nosso sangue, entristecendo a nossa alegria. Mas somos muitos. E ele (ou eles) tem prazo de validade e somos nós que determinamos isso. A copa do Brasil expõe os nossos césares. Há uma lista indigesta de promessas não cumpridas. E isso se espalha nas ruas, na imobilidade da cidade, nas feridas sociais expostas. Porém devemos colocar cada coisa no seu lugar. Hoje, não vou romper com o meu ontem. Vestirei minha alegria de verde e de amarelo. Como um admirador do futebol brasileiro, assistirei a mais um jogo do Brasil. Mas também não romperei com o meu ontem quando chegar a hora de usar a minha flecha, o meu voto. Darei a César o que a ele pertence. E para a seleção brasileira, eu darei a minha alegria que não é só minha, mas de todo povo tupinambá. 





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